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Atenção às ofertas de crédito no e-mail, Whatsapp, Redes Sociais! Burlas crescem online

Os contactos são feitos via Facebook, Whatsapp, Messenger ou e-mail e oferecem a promessa de dinheiro fácil e imediato. Cuidado, porque pode ser enganado.

São centenas a circular online e vieram juntar-se aos anúncios dos classificados de jornais e revistas, com títulos como “Crédito rápido”, “Empresto dinheiro”, “Oferta de crédito fácil entre particulares”. Chegam a prometer resposta em poucas horas, paga quando puder, sem precisar dos bancos, e garantem sigilo.

Nalguns casos, o nível de sofisticação do engano é grande. Usam marcas e imagens de entidades autorizadas a conceder crédito e conteúdos copiados para darem uma aparência de legalidade e fiabilidade.

A única forma de contacto é, muitas vezes, através de formulários disponíveis no próprio site. Não são dados números de telefone e os contactos que aparecem nos sites são falsos, algumas vezes com origem no estrangeiro. Após o envio do formulário pela vítima, esta é contactada pelo infrator através de e-mail, Messenger ou Whatsapp.

Entretanto, os infratores vão pedindo quantias para pagamento de comissões, seguro ou cheques pré-datados. Depois de receberem o dinheiro desaparecem.

São também frequentes os casos em que o empréstimo chega a ser feito, mas as taxas de juro cobradas são muito elevadas. Nalguns casos, chegam aos 300% e quando não é paga uma prestação a cobrança é feita de forma coerciva. Há queixas de lesados que chegam a perder a casa ou o carro que dão como garantia do empréstimo, normalmente de valor bastante inferior ao bem dado em garantia.

As queixas, em menor número, chegam também de esquemas fraudulentos para captação de depósitos ou outros fundos reembolsáveis e aplicações em modelos de negócio piramidais, supostos instrumentos financeiros e criptomoeda.

Para evitar cair no engodo, basta ir ao site do Banco de Portugal e consultar a lista das entidades autorizadas a conceder crédito:

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Se verificar que a entidade não está autorizada é porque não é sujeita a qualquer tipo de supervisão e o melhor é desistir de recorrer a estas ofertas.

O Banco de Portugal coopera com as autoridades judiciais e policiais, denunciando e ajudando na investigação destes casos. Também emite alertas públicos quando deteta entidades que não se encontram habilitadas a conceder crédito em Portugal. Consulte o site do Banco de Portugal e, se tiver dúvidas, preencha o formulário ou envie e-mail para info@bportugal.pt.

Se estiver endividado, a quem deve recorrer?

Se estiver numa situação de endividamento, não corra o risco de ser burlado. Em vez disso, recorra a entidades que foram criadas para ajudar o endividado e cujo serviço é gratuito. Consulte a RACE – Rede de Apoio ao Cliente Bancário. Lá encontra informação, acompanhamento e aconselhamento se estiver em risco de falhar o pagamento das suas dívidas, ou mesmo se já tiver prestações atrasadas.

Se o seu banco já tiver iniciado um processo judicial para recuperar os valores que tem em dívida, outra alternativa é recorrer a entidades que ajudam os devedores a elaborar um plano de pagamentos através de negociação, conciliação ou mediação.

Fonte: bportugal.pt